Palácio da Redenção |
Palácio da Redenção |
Obra jesuíta datada de 1586
em pleno século XVI, fazia parte de um conjunto arquitetônico religioso
composto pelo colégio Jesuíta, Capela e Convento vindo depois a servir como
residência para capitães-mores. Certo é que inicialmente foi construído para
abrigar o colégio dos padres da Companhia de Jesus.
Dentro do prédio, logo na entrada há um belo lustre imponente em ferro e cristais além de azulejos portugueses do século XVI e XVII.
Com a fachada totalmente
descaracterizada assim como o seu interior, o local recebeu influências do
estilo neoclássico, já no governo de Camilo de Holanda.
Salão Principal, destinado para reuniões mais importantes, coletivas com a imprensa. Foto Lais Lima Sobreira |
Além desta diferença
estética o local ganhou telas vindas de Paris ainda em 1918 do então Antonio
Parreiras em comemoração ao centenário da Revolução de 1817.
No ano de 2010 foi criada a galeria do ex-presidente e governadores.
Galeria de ex-presidentes e governadores do Estado |
Quarto destinado aos Governadores. Em outras épocas, os chefes do estado literalmente moravam no Palácio da Redenção. |
A escadaria em mármore dá acesso ao andar superior onde podemos
encontrar as mobílias datadas do século XIX, possuindo alguns exemplares em jacarandá. Ainda no
acesso ao andar superior, é possível encontrar no teto uma bela pintura em
vidro representando o brasão do Estado. Tal trabalho vindo do Recife data de
abril de 1931.
O claustro do antigo
convento que ali existia abriga um imponente painel em azulejos portugueses
retratando a vinda das caravelas do Descobrimento. O trabalho feito pela
portuguesa Francisca Constância. Ainda no interior do Palácio encontra-se o
Salão Principal, o Salão Azul (com nome proveniente aos azulejos azuis
portugueses existentes na decoração do salão) Este Salão Azul é muito utilizado
para reuniões do secretariado ou jantares menores. Como parte de sua decoração
é possível conferir a coleção de 28 fotografias de antigos governantes em
estilo óleo produzidas por Milton Nóbrega.
Salão Azul |
Além destes salões nobres onde são atualmente
realizados eventos e reuniões de importância estadual existe ainda um salão
lateral dedicado para eventos menores, decorado suntuosamente com traços em Art Nouveau.
Na área externa e a direita
do Palácio é possível encontrar o Mausoléu onde atualmente repousamos restos
mortais de João Pessoa, morto no Recife, e de sua esposa. Este Jardim que
atualmente abriga o Mausoléu de
Ex-Governador da Paraíba antes fora a Igreja de Nossa Senhora da
Conceição, resquício do antigo convento e que infelizmente foi demolida em 1929
em nome da “modernização e do progresso”, além do espírito melancólico e de
pesar que havia se estabelecido naqueles anos devido ao assassinato do então
João Pessoa.
Mausoléu |
Passando por uma
vistoria rigorosa por parte do Instituto do Patrimônio Estadual em março de
2009, atualmente o Palácio e seu entorno estão inscritos no Livro de Tombo do
IPHAEP, sob decreto de lei estadual nº 8636/1980.
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