Situada no ponto médio da
Ladeira de São Francisco, foi estabelecida na cidade por volta do final do
século XVI. Erguida no ano de 1704 e tendo as obras finalizadas em 1710, é uma
típica edificação setecentista, tendo a sua construção iniciada por meio de
decreto da carta-régia de 10 de agosto de 1704.
Nessa época, consta em
registros que o Capitão–Mor era o então Fernando de Barros Vasconcelos.
Símbolo da arquitetura
militar aqui no Estado, possui uma estrutura física singular, com paredes de
pedra, rebocadas apenas na parte frontal, deixando exposto as pedras nas partes
laterais do prédio, além de ser rodeado por uma espécie de pátio externo e
extenso.
Na parte da frente do
prédio existia ainda um brasão incrustado na parede. Porém pela ação do tempo
ou por motivos de descaso ou vandalismo, atualmente restam apenas o espaço que o mesmo ocupava além de uma
inscrição na pedra onde lê-se:
Sua edificação foi
estrategicamente planejada para a implantação de equipamentos destinados a
defesa da Capitania da Paraíba, sendo a segunda casa da pólvora do lugar e
tendo como característica o fato de ser um mirante natural, mediante a sua
localização geográfica que permitia a observação da área do Porto do Capim no Varadouro, além da foz
do rio Sanhauá, que cria naturalmente o limite entre as cidades de João Pessoa
e de Bayeux.
Das imediações da Casa da
Pólvora pode-se observar toda a extensão do Largo da Igreja São Frei Pedro
Gonçalves, construído em estilo eclético e neoclássico do século XIX, além do
Hotel Globo e da Praça Antenor Navarro e seu casario do início do século XX que
compõe o conjunto da cidade baixa no Centro Histórico da Capital.
O local ainda passou por
um período de restauração e reformas de 1977 a 1981. Atualmente abriga a exposição
permanente de fotografias de 1900, de
autoria do fotógrafo Walfredo Rodrigues
(exposição que recebe o nome do fotógrafo), além de algumas exposições
paralelas.
O prédio foi tombado pelo
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 24 de maio
de 1938,
inscrito no livro de Belas Artes nº 103, além do livro Histórico nº 058.
FOTO: LAIS LIMA SOBREIRA ®
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