sábado, 13 de julho de 2013

Casa da Pólvora


Situada no ponto médio da Ladeira de São Francisco, foi estabelecida na cidade por volta do final do século XVI. Erguida no ano de 1704 e tendo as obras finalizadas em 1710, é uma típica edificação setecentista, tendo a sua construção iniciada por meio de decreto da carta-régia de 10 de agosto de 1704.

Nessa época, consta em registros que o Capitão–Mor era o então Fernando de Barros Vasconcelos.
Símbolo da arquitetura militar aqui no Estado, possui uma estrutura física singular, com paredes de pedra, rebocadas apenas na parte frontal, deixando exposto as pedras nas partes laterais do prédio, além de ser rodeado por uma espécie de pátio externo e extenso.
Na parte da frente do prédio existia ainda um brasão incrustado na parede. Porém pela ação do tempo ou por motivos de descaso ou vandalismo, atualmente restam apenas  o espaço que o mesmo ocupava além de uma inscrição na pedra onde lê-se:
Sua edificação foi estrategicamente planejada para a implantação de equipamentos destinados a defesa da Capitania da Paraíba, sendo a segunda casa da pólvora do lugar e tendo como característica o fato de ser um mirante natural, mediante a sua localização geográfica que permitia a observação da área  do Porto do Capim no Varadouro, além da foz do rio Sanhauá, que cria naturalmente o limite entre as cidades de João Pessoa e de Bayeux.
Das imediações da Casa da Pólvora pode-se observar toda a extensão do Largo da Igreja São Frei Pedro Gonçalves, construído em estilo eclético e neoclássico do século XIX, além do Hotel Globo e da Praça Antenor Navarro e seu casario do início do século XX que compõe o conjunto da cidade baixa no Centro Histórico da Capital.
O local ainda passou por um período de restauração e reformas de 1977 a 1981. Atualmente abriga a exposição permanente  de fotografias de 1900, de autoria do fotógrafo Walfredo Rodrigues (exposição que recebe o nome do fotógrafo), além de algumas exposições paralelas.

O prédio foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 24 de maio de 1938, inscrito no livro de Belas Artes nº 103, além do livro Histórico nº 058.

FOTO: LAIS LIMA SOBREIRA ®

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