sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Palácio da Redenção


Palácio da Redenção
Palácio da Redenção 

   
Obra jesuíta datada de 1586 em pleno século XVI, fazia parte de um conjunto arquitetônico religioso composto pelo colégio Jesuíta, Capela e Convento vindo depois a servir como residência para capitães-mores. Certo é que inicialmente foi construído para abrigar o colégio dos padres da Companhia de Jesus. 
 Dentro do prédio, logo na entrada há um belo lustre imponente em ferro e cristais além de azulejos portugueses do século XVI e XVII. 



Com a fachada totalmente descaracterizada assim como o seu interior, o local recebeu influências do estilo neoclássico, já no governo de Camilo de Holanda. 
Salão Principal, destinado para reuniões mais importantes, coletivas com a imprensa. Foto Lais Lima Sobreira

Além desta diferença estética o local ganhou telas vindas de Paris ainda em 1918 do então Antonio Parreiras em comemoração ao centenário da Revolução de 1817.  

No ano de 2010 foi criada a galeria do ex-presidente e governadores. 

Galeria de ex-presidentes e governadores do Estado


Quarto destinado aos Governadores. Em outras épocas, os chefes do estado literalmente moravam no Palácio da Redenção. 

A escadaria em mármore dá acesso ao andar superior onde podemos encontrar as mobílias datadas do século XIX, possuindo  alguns exemplares em jacarandá. Ainda no acesso ao andar superior, é possível encontrar no teto uma bela pintura em vidro representando o brasão do Estado. Tal trabalho vindo do Recife data de abril de 1931.

         

O claustro do antigo convento que ali existia abriga um imponente painel em azulejos portugueses retratando a vinda das caravelas do Descobrimento. O trabalho feito pela portuguesa Francisca Constância. Ainda no interior do Palácio encontra-se o Salão Principal, o Salão Azul (com nome proveniente aos azulejos azuis portugueses existentes na decoração do salão) Este Salão Azul é muito utilizado para reuniões do secretariado ou jantares menores. Como parte de sua decoração é possível conferir a coleção de 28 fotografias de antigos governantes em estilo óleo produzidas por Milton Nóbrega.  


Salão Azul
Além destes salões nobres onde são atualmente realizados eventos e reuniões de importância estadual existe ainda um salão lateral dedicado para eventos menores, decorado suntuosamente com traços em Art Nouveau. 



Na área externa e a direita do Palácio é possível encontrar o Mausoléu onde atualmente repousamos restos mortais de João Pessoa, morto no Recife, e de sua esposa. Este Jardim que atualmente abriga o Mausoléu de  Ex-Governador da Paraíba antes fora a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, resquício do antigo convento e que infelizmente foi demolida em 1929 em nome da “modernização e do progresso”, além do espírito melancólico e de pesar que havia se estabelecido naqueles anos devido ao assassinato do então João Pessoa.

Mausoléu


Passando por uma vistoria rigorosa por parte do Instituto do Patrimônio Estadual em março de 2009, atualmente o Palácio e seu entorno estão inscritos no Livro de Tombo do IPHAEP, sob decreto de lei estadual nº 8636/1980. 


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