Apresentando-se como um exemplar raro na Paraíba, foi erguida no século
XVII, por volta de 1636, em honra a
vitória do Senhor Francisco Rabelo (Rebelo) contra os holandeses, no episódio
do Governador-geral da província Ippo Eyssen ( Governador do período do domínio
Holandês). Este governador, conhecido pela sua crueldade e aspereza moveu a ira
dos populares brasílicos e portugueses, sendo morto em uma emboscada, quando as
tropas de “Rabelinho” atacaram-nos enquanto assistiam a uma farinhada. Nas
proximidades, em honra a sua vitória, Rabelo ergueu duas igrejas. A Capela da
Batalha (próximo a ponte de mesmo nome) e a Capela do Socorro.
A sua localização é controvérsia, pois alguns historiadores afirmam
pertencer ao município de Santa Rita enquanto outros afirmam pertencer ao
município do Cruz do Espírito Santo. Isso se deve ao fato de que as duas
capelas construídas por Rebelo estão muito próximas da divisa dos dois
municípios criando essa divergência, sendo mais provável que esta pertença ao
município de Santa Rita. Certo é que estas capelas estão situadas na Zona
Canavieira, e sendo as duas um exemplar de rara beleza. Com relação à Capela do
Socorro podemos conferir um espetáculo à parte, sendo esta erguida em Estilo
Chão, também associado ao estilo Maneirista ou jesuítico predominante em
Portugal no final do século XVI e XVII.
A
capela também inclui um copiar de telhado em três águas sustentado por colunas
em estilo toscano dotado de um guarda-corpo em alvenaria desenvolvida ao longo
de sua fachada e fixada sua estrutura física, lembrando muitas vezes
edificações militares como o Forte de Cabedelo. Vale ressaltar que o seu copiar
não se trata de uma extensão do telhado do edifício e sim uma estrutura
independente da capela, fixada a parede do prédio. O termo copiar é de origem
Tupi e atualmente o seu significado remete-se a “alpendre.”
A capela de importância nacional foi tombada pelo IPHAN em 1938, sob
decreto federal, estando no livro de Tombo de Edifícios e Monumentos Isolados
além de inscrito no Livro de Belas Artes nº 169 de 05 de julho de 1938. A mesma
ainda possui a planta distribuída em uma nave de pequenas proporções, além da
capela principal e a sacristia.
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