quinta-feira, 27 de julho de 2017

Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Apresentando-se como um exemplar raro na Paraíba, foi erguida no século XVII, por volta de 1636,  em honra a vitória do Senhor Francisco Rabelo (Rebelo) contra os holandeses, no episódio do Governador-geral da província Ippo Eyssen ( Governador do período do domínio Holandês). Este governador, conhecido pela sua crueldade e aspereza moveu a ira dos populares brasílicos e portugueses, sendo morto em uma emboscada, quando as tropas de “Rabelinho” atacaram-nos enquanto assistiam a uma farinhada. Nas proximidades, em honra a sua vitória, Rabelo ergueu duas igrejas. A Capela da Batalha (próximo a ponte de mesmo nome) e a Capela do Socorro.

A sua localização é controvérsia, pois alguns historiadores afirmam pertencer ao município de Santa Rita enquanto outros afirmam pertencer ao município do Cruz do Espírito Santo. Isso se deve ao fato de que as duas capelas construídas por Rebelo estão muito próximas da divisa dos dois municípios criando essa divergência, sendo mais provável que esta pertença ao município de Santa Rita. Certo é que estas capelas estão situadas na Zona Canavieira, e sendo as duas um exemplar de rara beleza. Com relação à Capela do Socorro podemos conferir um espetáculo à parte, sendo esta erguida em Estilo Chão, também associado ao estilo Maneirista ou jesuítico predominante em Portugal no final do século XVI e XVII.  

A capela também inclui um copiar de telhado em três águas sustentado por colunas em estilo toscano dotado de um guarda-corpo em alvenaria desenvolvida ao longo de sua fachada e fixada sua estrutura física, lembrando muitas vezes edificações militares como o Forte de Cabedelo. Vale ressaltar que o seu copiar não se trata de uma extensão do telhado do edifício e sim uma estrutura independente da capela, fixada a parede do prédio. O termo copiar é de origem Tupi e atualmente o seu significado remete-se a “alpendre.”


A capela de importância nacional foi tombada pelo IPHAN em 1938, sob decreto federal, estando no livro de Tombo de Edifícios e Monumentos Isolados além de inscrito no Livro de Belas Artes nº 169 de 05 de julho de 1938. A mesma ainda possui a planta distribuída em uma nave de pequenas proporções, além da capela principal e a sacristia.

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